Esse é um texto antigo... datado de 08 de outubro de 2003. Eu era uma pirralha... Amargurada... Mas quem diria que seria tão verdadeiro... mesmo hoje...
Te adoro
, no entanto não posso me revelar, graças a famosa, terrível maldição chamada timidez. Ela me persegue, me faz perder as únicas chances com você, faz perdidas noites e dias pensando como seria tola em cair em seu jogo.
Te adoro
, no entanto fico presa a pensamentos, regras e medos. Quero me mostrar, porém teóricamente tudo é fácil, na prática minha liberdade, transformada em palavras de declaração a você se perdem num labirinto feito de paredes grandes e fortes de dúvidas, ressentimentos e inseguranças. Minha liberdade viria com palavras doces e quem sabe chocantes, mas estas, tão confortantes, que aliviariam meu sofrimento, se perdem num caminho tortuoso e cheio de obstáculos.
Te adoro
, no entanto como podes me entender? Dentro de mim há o mais profundo abismo, com a mais densa escuridão onde nem mesmo eu me enxergo. Não conseguiria ser tão cruel a ponto de te jogar neste abismo sem fundo. Já basta sentir todos aqueles que tive uma certa aproximação se perderem neste abismo sem volta.
Te adoro
, no entanto, maior que minha adoração por você é a insegurança de me declarar e não ver nos seus olhos o mesmo brilho que permanece nos meus quando lembro de você. E a insegurança, esta que quando te conheci era um mar profundo e límpido, hoje não passa de algumas gostas, meras gotas que, quem sabe, mais cedo que se pensa secarão.
Te adoro
, no entanto tudo aqui descrito é maior que a coragem de te ver face a face e dizer. Somente agora, num momento de inspiração tenho coragem de dizer tudo aquilo que não será mais pronunciado em vão.
Iane Candida...
Eu era triste...