Blackudos, prazer!

Todo mundo tem uma particularidade dentro de si, algo que faz ou tem que te deixa extremamente feliz, orgulhoso de si, que o faz acreditar que não é tão zuado assim!

A minha particularidade se expressa um tanto preguiçosa, algumas vezes esporádica demais...
Demora a querer aparecer, mas quando vem traz algo incrível, quase único (orgulho de mãe)!
Não é algo egoísta, todos podem ter um pedaço, é só demonstrar interesse por algum deles.

Prazer, Blackudos!!!

É incrível o que um pouco de linha, retalhos de tecido e amor podem fazer pra trazer um sorriso, carinho, praticidade em alguns casos.

Quero povoar o mundo com pelo menos um blackudo para cada pessoínha.

Quem se interessar em adoção é só me contactar:
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Ou por aqui mesmo nos comentários.

Lembrando que, infelizmente não faço encomendas, medo terrível de decepcionar as expectativas alheias!

*Este vídeo supimpa foi elaborado pelo excêntrico Barreto Rodrigo

Beleza??

    Não sei escrever, não vou lhes proporcionar o melhor texto já lido na atualidade, é apenas um desabafo de alguém comum que precisa escrever para não explodir.

    

    Mulher, insegura, acima do peso, ex-estudante de moda, sim, moda, este mundo cruel e fútil que quer dominar seu cérebro e seu corpo ditando regras a torto e a direito.

    Não, moda não é só isso, moda é muito mais, mas a parte dela que é acessível, vista e palpável a massa é aquela que é cruel, ditadora, fechada num círculo inalcançável, cheia de futilidades (sim, a mesma palavra de novo).

    Nunca fui ligada a padrões, nunca fui aquela que segue as últimas tendências de roupas e acessórios, customizava, usava o que me fazia me sentir bem, mesmo estando ridícula aos olhos de outros. 

    Meu cabelo sempre foi assim, rebelde como eu, alheio a chapinhas e escovas. Apelidos como "árvore", "quiosque" eram comuns e por um boooom tempo liguei sim para isso, mesmo não mudando meu exterior. 

    Todo o preconceito que sofri com o meu cabelo na infância e adolescência me fizeram forte para reassumí-lo e amá-lo.

    Mas anos e anos sendo "a estranha" da escola não me fizeram ter o mesmo comportamento com o meu corpo. 

    Sempre perdendo espaço e amores para as magras, loiras e femininas foi me deixando cada vez mais e mais insegura. Contornava isso com piadas, virei a engraçada para esconder a estranha.
    Cresci, apurei meu estilo pessoal, amadureci e vi que beleza achamos em qualquer lugar, não só em padrões, muitas vezes as paixões não vem por pessoas que fazem parte de um padrão estabelecido e isso é lindo!

    Sempre soube que padrões só te aprisionam, corpos iguais, plastificados, com o mesmo tom de pele, cabelos lisos e roupas que não te valorizam só são sinônimo de previsibilidade e chatice. Sempre soube disso.

    Mesmo assim, com essa certeza toda de que ser único é lindo, mesmo assim, a insegurança se intensificou, fui borbardiada por mulheres magras ditas como lindas por qualquer meio de comunicação acessível, por lojas e lojas de roupa que só vendem roupas justíssimas tamanho 38, se você é 42, querida, já é obesa. Por homens de mente fraca que só pioram tudo com seu preconceito idiota e só "pegam" mulheres manequim 36, com seus cabelos blonde liso. Até mesmo empresas que não te contratam ou não te efetivam por não fazer parte do padrão.

    Tudo isso me fez a perder o tesão nas roupas que tenho, no estilo que tenho, só por não ser magra.
    Isso é uma doença, ter uma mente aprisionada que só associa bem estar e beleza com a magreza, eu sei disso, você sabe disso, mas mesmo assim nos rendemos a horas e horas na academia, privações de comidas deliciosas, cirurgias perigosíssimas somente pra se adequar num concesso idiota do que é belo.

    Essa é uma batalha para me libertar das correntes que eu mesma me coloquei.
    Sei que estou escrevendo e que talvez ninguém esteja lendo, mas se está, seja mais forte que o mundo e saiba que você lindo(a) mesmo não sendo como a barbie(ou o ken).