sábado, 24 de maio de 2014

Coisas banais da alma... ou não...

   Em alguns dias você acorda e nada dá certo, pelo menos na sua cabeça tudo parece uma conspiração do destino pra te deixar pra baixo, se sentindo um pouco pior do que deveria...
   O fato de hoje eu me sentir assim não me faz triste a vida toda, irrecuperável de uma desilusão passada, muito menos com depressão... O fato de eu desabafar aqui simplesmente se faz porque hoje eu me sinto assim, sem conseguir explicar da onde a tristeza vem, o porque ela se instalou em mim, por que ela mexe com a minha visão de mundo... Quero só jogar palavras, sentimentos, dores, coisas banais, só pra que elas saiam de mim e não voltem mais a habitar minha alma.
    São coisas tão pequenas... inúteis... mas de qualquer forma precisam ser jogadas fora pra que não voltem nunca mais...
   Sempre fui, sou da idéia de que a minha felicidade é minha, quem a constrói sou eu!
   Mas sei lá, ultimamente venho olhando pra mim e vendo que não posso construir mais essa felicidade enquanto eu não me organizar, enquanto meus esforços não forem o suficiente, enquanto só eu não me bastar.
   Frustração ultimamente vem me dominando muito ao final de cada etapa concluída... Não me dedico nem quando gosto porque o tédio me consome, a apatia sobre as coisas... nada me apaixona mais como antes...
   Esse semestre eu fui o fracasso em pessoa... Existiram trabalhos que eu gostei e por um breve momento me dediquei a eles, mas de nada adiantou... Não foi o suficiente como nada é...
 
   O último degrau se aproxima e o que eu vejo em mim é a inutilidade criativa, melhor, inutilidade produtiva... Nunca me senti tão burra e incapaz... Não sei lidar com isso, com o fato de tudo que eu faço, toco, construo é medíocre...

Esse texto/rascunho é de 4 de dezembro de 2010. Eu era outra e minha vida estava em outro momento. Mas muita coisa mudou desde então... Será?
Lendo ele agora, 3 anos e pouco depois vejo, sinto que o sentimento é o mesmo... o jeito com que trato fatos e etapas da minha vida é o mesmo. Me deixei levar pela mediocridade e nela moro desde então.
Essa angústia, inutilidade, descompromisso com coisas construídas é a mesma de antes. Ainda vejo a vida passando e não faço nada, não sei fazer nada...
Me acomodei numa rotina que sempre acaba com a autodestruição educacional, financeira, afetiva...
Não sei gerenciar meus estudos, pessoas, trabalho, sentimentos, sonhos...

Algo me tira do sério, do centro, do marasmo. Aquela pessoa, aquele sentimento, aquele sonho. Vou lá e o enterro, o ignoro, o deixo passar, até que a apatia volte e tome seu curso como sempre.

Talvez este texto seja mal interpretado, mas ele precisava ser publicado simplesmente porque eu quis, mesmo sem um final coerente.